Sionismo não é colonialismo


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Dez mitos sobre Israel

-- Ilan Pappe

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4 Sionismo não é colonialismo

A terra da Palestina não estava vazia quando os primeiros colonos sionistas chegaram lá em 1882. Esse fato era conhecido pelos lideres sionistas mesmo antes da chegada dos primeiros colonos judeus. Uma delegação enviada à região pelas primeiras organizações sionistas relatou aos seus colegas: “A noiva é linda, mas está casada com outro homem[1]. Entretanto, chegando lá, os primeiros colonos ficaram surpresos ao se deparar com os habitantes locais, que viam como invasores e forasteiros. Para eles, os palestinos nativos haviam usurpado sua pátria. Eles haviam escutado de seus lideres que os habitantes locais não eram nativos e portanto não tinham direito sobre a terra. Pelo contrário, eram um problema que precisavam — e podiam — resolver.

Esse enigma não era único: o sionismo era um movimento colonialista de povoamento, semelhante aos movimentos europeus que tinham colonizado as Américas, a África do Sul, a Austrália e a Nova Zelândia. A colonização de povoamento difere da colonização clássica em três aspectos. O primeiro é que as colônias de povoamento dependem dos impérios para sobreviver apenas no início e por um período limitado. De fato, em muitos casos (como na Palestina e na África do Sul), os colonos não pertencem à nação da potência imperial que fornece apoio inicial. Na maioria das vezes essas colônias acabam se separando dos impérios, redefinindo-se como uma nova nação, as vezes através de uma luta de libertação contra o próprio império que as sustentava (como aconteceu durante a Revolução Estadunidense, por exemplo). A segunda diferença é que a colonização de povoamento é motivada pelo desejo de tomar terras em um país estrangeiro, enquanto a colonização clássica almeja os recursos naturais de suas novas posses geográficas. A terceira diferença diz respeito à maneira como tratam o novo destino de instalação. Ao contrário dos projetos coloniais convencionais, conduzidos a serviço de um império ou país matriz, os colonos eram uma espécie de refugiados que buscavam não só uma casa, mas uma pátria. O problema é que as novas “pátrias” já eram habitadas por outras pessoas. Em resposta, as comunidades de colonos argumentavam que a nova terra era sua por direito divino ou moral, mesmo quando, em casos distintos do sionismo, não alegassem ter vivido ali milhares de anos antes. Em muitos casos, o método aceito para transpor esses obstáculos era o genocídio dos nativos locais[2].

Um dos principais acadêmicos estudiosos da colonização de povoamento, Patrick Wolfe, argumenta que esses projetos coloniais eram motivados pelo que ele chama de “lógica da eliminação”. Isso significa que os assentados desenvolviam as justificativas morais e os meios práticos necessários para a remoção dos nativos. Como indica Wolfe, algumas vezes essa lógica envolveu genocídios de fato, e, em outras, a limpeza étnica ou um regime opressivo que negasse quaisquer direitos aos nativos[3]. Eu acrescentaria que havia outra lógica que permeava a lógica da eliminação: a da desumanização. Sendo você mesmo vítima de perseguição na Europa, era preciso primeiro desumanizar toda uma nação ou sociedade autóctone antes de estar disposto a fazer o mesmo, ou coisa pior, a outros humanos.

Como resultado dessa lógica dupla, nações e civilizações inteiras foram varridas pelos movimentos colonialistas de povoamento nas Américas. Os indígenas americanos, no sul e no norte, foram massacrados, convertidos a força ao cristianismo e, por fim, confinados em reservas. Um destino semelhante aguardava os aborígenes na Austrália e, em menor medida, os maoris na Nova Zelândia. Na África do Sul, esses processos resultaram na imposição de um sistema de apartheid aos povos locais, enquanto um sistema mais complexo foi imposto aos argelinos durante cerca de um século.

O sionismo, portanto, não é sui generis, mas exemplo de um processo mais amplo. Isso é relevante não apenas para o modo como entendemos as maquinações do projeto colonial, mas também para a nossa interpretação da resistência palestina a ele. Se alegarmos que a Palestina era uma terra sem povo esperando pelo povo sem terra, os palestinos ficam sem nenhum argumento para se protegerem. Todos os seus esforços para conservar a própria terra seriam um ato injustificado de violência contra seus donos por direito. Desse modo, é difícil separar a discussão do sionismo como colonialismo da questão dos palestinos como povo nativo colonizado. Os dois argumentos estão conectados na mesma análise.

A narrativa oficial ou mitologia fundacional israelense se recusa a conceder aos palestinos sequer um direito moral médico de resistir à colonização de sua pátria pelos judeus iniciada em 1882. Desde o princípio, a resistência palestina foi retratada como um ato de ódio contra os judeus. Ela era acusada de promover uma versátil campanha antissemita de terrorismo, iniciada com a chegada dos primeiros colonos e mantida até a criação do Estado de Israel. Os diários dos primeiros sionistas contam uma história diferente. Eles estado repletos de anedotas que revelam como os colonos eram bem recebidos pelos palestinos, que lhes ofereciam abrigo e, em muitos casos, ensinavam-lhes a cultivar a terra[4]. Apenas quando se tornou evidente que os colonos não estavam lá para viver ao lado da população nativa, mas em seu lugar, teve início a resistência palestina. E quando começou, ela logo assumiu a mesma forma de qualquer outro embate anticolonialista.

A ideia de que os judeus empobrecidos tinham direito a um porto seguro não era alvo de objeção dos palestinos e de seus apoiadores. No entanto, esse sentimento não encontrava reciprocidade por parte dos lideres sionistas. Enquanto os palestinos ofereceram abrigo e emprego aos colonos pioneiros e não objetaram em trabalhar lado a lado com eles independentemente da posse da terra, os ideólogos sionistas foram muito enfáticos acerca da necessidade de enxotar os palestinos do mercado de trabalho do país e impor sanções aos colonos que ainda empregavam palestinos ou trabalhavam com eles. Essa era a ideia do avoda ivrit, trabalho hebraico, que implicava sobretudo a necessidade de dar fim ao avoda aravit, trabalho árabe. Gershon Shafir, em sua obra seminal sobre a Segunda Aliyah, a segunda onda de imigração sionista (1904-14), explica bem como essa ideologia foi desenvolvida e posta em prática[5]. O líder dessa onda, David Ben-Gurion (que se tornou o líder da comunidade e, mais tarde, primeiro-ministro de Israel), referia-se constantemente ao trabalho árabe como uma doença que só poderia ser curada pelo trabalho judeu. Em cartas dele e de outros colonos, trabalhadores hebreus são caracterizados como o sangue saudável que imunizaria a nação contra a morte e a podridão. Ben-Gurion também observou que dar emprego aos “árabes” lembrava-o da velha história judaica do homem estúpido devorado pelo leão morto que ressuscitou[6].

A reação inicial dos palestinos confundiu alguns dos colonos durante o período de governo britânico (1918-48). O impulso colonialista era de ignorar a população nativa e criar comunidades fechadas. No entanto, a vida ofereceu outras oportunidades. Ha muitas evidências de coexistência e cooperação entre os judeus recém-chegados e a população nativa em quase todos os lugares. Os colonos judeus, especialmente nos centros urbanos, não poderiam sobreviver sem se envolver, ao menos em termos econômicos, com os palestinos. Apesar das muitas tentativas das lideranças sionistas de acabar com essas interações, centenas de empreendimentos conjuntos surgiram ao longo daqueles anos, em paralelo à cooperação sindical e a colaboração agrícola. Mas sem apoio político vindo de cima, isso não pode oferecer a alternativa de uma realidade diferente na Palestina[7].

Ao mesmo tempo, os lideres políticos da Palestina foram se tornando mais hostis a essas iniciativas conjuntas conforme o movimento sionista se mostrava mais agressivo. A lenta compreensão entre a elite política, social e cultural dos palestinos de que o sionismo era um projeto colonialista fortaleceu a identidade nacional comum em oposição aos colonos. E por fim as camadas superiores da sociedade palestina também pressionaram pelo término da cooperação e interação entre nativos e colonos. O movimento político palestino levou tempo para emergir, desenvolvendo-se a partir de um pequeno grupo, a Sociedade Cristã-Muçulmana, em diversas cidades palestinas. Os princípios-guia da Sociedade eram primordialmente modernos e seculares, somando-se ao duplo interesse do mundo árabe em geral: uma visão pan-arabista combinada a um patriotismo local que se tornou ainda mais forte após a Segunda Guerra Mundial.

A primeira erupção do nacionalismo pan-arabista havia ocorrido na segunda metade do século XIX. Ela trouxe consigo a esperança de transformar o mundo otomano em uma república árabe independente, um pouco como os Estados Unidos da América, ou um império Árabe-Otomano, nos moldes do Austro-Húngaro. Quando ficou evidente que esse anseio não resistiria aos interesses imperiais da França e da Grã-Bretanha, que desejavam dividir o Oriente Médio otomano entre si, surgiu uma versão mais local de nacionalismo, adaptada ao mapa das demarcações da administração otomana e a divisão da região pelas potências coloniais. Como mencionado no capitulo I, o primeiro impulso árabe nacionalista se chamou qawmiyya, e a versão local posterior, wataniyya. A comunidade palestina teve um papel relevante em ambos. Seus intelectuais integraram e se envolveram com diversos movimentos e organizações que buscavam a unidade, a independência e a autodeterminação árabes. Ao mesmo tempo, antes de os britânicos definirem, com a ajuda de outras potências europeias, o espaço geopolítico chamado Palestina, já havia uma existência palestina particular manifestada nos costumes do povo, em seu dialeto árabe e em sua história compartilhada.

Quando os sionistas chegaram à Palestina no final do século XIX, esses dois fenômenos ainda influenciavam a comunidade palestina. Muitos de seus ativistas e intelectuais sonhavam com uma república árabe unida. Outros foram arrebatados pela ideia de uma Grande Síria — desejando que Damasco fosse o centro de um novo Estado do qual a Palestina faria parte. Quando os britânicos chegaram e a comunidade internacional, por meio da Liga das Nações, começou a discutir o futuro da Palestina, palestinos proeminentes produziram um jornal chamado Southern Syria e até cogitaram formar um partido com esse nome[8]. Em 1919, quando o presidente dos EUA Woodrow Wilson enviou uma comissão de inquérito, a Comissão King-Crane, para averiguar o anseio dos palestinos, o comitê descobriu que a maioria desejava que o território fosse independente.

Fossem eles pan-arabistas, patriotas locais ou indivíduos que desejavam integrar a Grande Síria, os palestinos eram unidos pelo desejo de não integrarem um Estado judeu. Seus lideres objetavam qualquer solução política que destinasse qualquer parte do pequeno país à comunidade de colonos. Como declararam de forma clara em suas negociações com os britânicos no final dos anos 1920, eles estavam dispostos a compartilhar as terras com quem já havia chegado, mas não podiam aceitar outros[9]. A voz coletiva dos palestinos foi cristalizada no conselho executivo da Conferência Nacional Palestina que se reuniu anualmente durante uma década a partir de 1919. Esse conselho representava os palestinos nas negociações com o governo britânico e o movimento sionista. Antes disso, contudo, os britânicos tentaram aprovar um acordo de igualdade entre as partes. Em 1928, a liderança palestina, não obstante os desejos da maioria absoluta de seu povo, consentiu em permitir aos colonos judeus representação igualitária nos futuros conselhos de Estado. A liderança sionista só foi favorável a essa ideia enquanto suspeitou que os palestinos iriam rejeitá-la. A representação compartilhada ia contra tudo o que o sionismo pretendia ser. Assim, quando a proposta foi aceita pelo partido palestino, acabou rejeitada pelos sionistas. Isso levou à revolta de 1929, que resultou no massacre de judeus em Hebron e um número muito maior de mortos dentro da comunidade palestina[10]. Mas também havia outras razões por trás dessa onda de violência, a mais séria desde o início do Mandato. Ela foi desencadeada pela expropriação de ocupantes palestinos de terras pertencentes a proprietários ausentes e notáveis locais, que haviam sido compradas pelo Fundo Nacional Judaico. Os ocupantes haviam morado naquelas terras durante séculos, e agora eram forçados a morar em favelas nas cidades. Em uma dessas favelas, a nordeste de Haifa, o pregador sírio exilado Izz ad-Din al-Qassam recrutou seus primeiros seguidores para uma guerra santa islâmica contra os britânicos e o movimento sionista no início dos anos 1930. Seu legado foi consolidado quando a ala militar do movimento Hamas adotou seu nome.

Apos 1930, a liderança palestina foi institucionalizada através do Alto Comitê Árabe, conselho que representava todos os partidos e movimentos políticos da comunidade palestina. Até 1937, ela seguiu buscando um acordo com o governo britânico, mas a essa altura tanto os sionistas como os imperialistas haviam deixado de se importar com o ponto de vista dos palestinos, passando a determinar unilateralmente o futuro do território. A essa altura o movimento nacional palestino considerava o sionismo um projeto colonialista a ser derrotado. Mesmo em 1947, quando a Grã-Bretanha decidiu encaminhar a questão à Organização das Nações Unidas, os palestinos sugeriram, junto a outros Estados árabes, um Estado unitário na Palestina para substituir o Mandato. A ONU deliberou acerca do destino dos palestinos durante sete meses e precisava decidir entre duas opções: aquela sugerida pelos palestinos, de um Estado unitário que absorveria os colonos judeus já existentes, mas não permitiria a futura colonização sionista; e a partilha da terra entre um Estado árabe e um Estado judeu. A ONU preferiu esta ultima opção, e, portanto, a mensagem dada aos palestinos foi: vocês nado podem compartilhar sua vida neste território com os colonos, sua única esperança será preservar metade dele e abrir mão da outra metade.

Assim, é possível retratar o sionismo como um movimento colonialista de povoamento e o movimento nacional palestino como uma organização anticolonial. Nesse contexto, conseguimos entender o comportamento e as políticas do líder da comunidade, Hajj Amin al-Husayni, antes e durante a Segunda Guerra Mundial sob uma luz diferente da narrativa que costuma ser oferecida como fato histórico. Como muitos leitores devem saber, os israelenses costumam propagar o tempo todo que o líder palestino foi simpatizante do nazismo. O mufti de Jerusalém não era um anjo. Ainda muito jovem, foi escolhido pelos notáveis da Palestina e pelos britânicos para ocupar o cargo religioso mais importante da comunidade. O posto, que Al-Husayni ocupou durante o período do Mandato (1922-48), conferiu a ele poder político e elevado status social. Ele tentou guiar a comunidade face à colonização sionista, e nos anos 1930, quando nomes como Izz ad-Din al-Qassam pressionavam por um embate armado, ele conseguiu dissuadir a maioria do povo dessa opção violenta. No entanto, ao apoiar a ideia de greves, manifestações e outras formas de tentar mudar a política britânica, tornou-se um inimigo do império e precisou fugir de Jerusalém em 1938[11]. As circunstâncias o empurraram direto para os braços do inimigo de seu inimigo — no caso, Itália e Alemanha. Durante seus dois anos de asilo político na Alemanha, foi influenciado pela doutrina nazista e confundiu a distinção entre judaismo e sionismo. Sua disposição de atuar como comentador de rádio para os nazistas e ajudar a recrutar muçulmanos nos Balcãs para os esforços de guerra alemães sem dúvidas mancham sua trajetória. Mas o modo como agiu não foi diferente do dos lideres sionistas que, em 1930, buscaram se aliar eles próprios aos nazistas contra o Império Britânico, nem de todos os outros movimentos anticoloniais que tentaram se livrar dos impérios por meio de alianças com seus principais inimigos.

Quando a guerra acabou em 1945, o mufti recobrou a sensatez e tentou organizar os palestinos às vésperas da Nakba, mas ele já não tinha mais poder e o mundo dos notáveis urbanos árabe-otomanos ao qual pertencia não existia mais. Se ele merece críticas, não é por seus erros em relação ao sionismo. E por sua falta de empatia com o sofrimento dos camponeses na Palestina e por suas discordâncias com outros notáveis, que enfraqueceram o movimento anticolonialista. Nada do que fez justifica que o seu verbete no projeto estadunidense-sionista "The Encyclopedia of the Holocaust" seja o segundo maior, logo após o de Hitler[12]. Em última instância, nem seus erros nem seus feitos tiveram muito impacto no curso da história palestina. Ele foi absolvido dos crimes de guerra pelos aliados, que permitiram seu retorno ao Egito — mas não a Palestina — após o final da guerra.

Com todos os seus deméritos, antes de escapar da Palestina em 1938 e, em certa medida, em seu exílio posterior, ele liderou um movimento de libertação anticolonial. O fato de que era mufti — e que também acreditava que a religião devia ser acionada no embate contra o movimento colonialista que cobiçava sua pátria e ameaçava a existência de seu povo — não é relevante. Movimentos anticolonialistas como a Frente de Libertação Nacional (FLN) na Argélia tinham uma forte ligação com o Islã, assim como muitos movimentos de libertação do mundo árabe que lutaram por independência da Italia, da França e da Grã-Bretanha após a Segunda Guerra Mundial. Tampouco a conivência do mufti, ou de qualquer outro líder, como Al-Qassam (morto pelos britânicos em 1935 e enterrado perto de Haifa), com o uso da violência é algo singular na história dos conflitos anticoloniais. Os movimentos de libertação na América do Sul e no Sudeste da Asia não foram organizações pacifistas, e apostaram tanto no combate armado como no processo político. Tivesse o mufti podido retornar a Palestina, acabaria percebendo que não só o sionismo era um projeto colonialista de povoamento bem- sucedido, como também, e ainda mais importante, estava prestes a dar início ao seu projeto existencial mais crucial.

Em 1945, o sionismo já havia atraído mais de meio milhão de colonos para um país cuja população total era de mais ou menos dois milhões. Alguns chegaram com autorização do Mandato Britânico, outros sem. A população nativa local não foi consultada, tampouco foi levada em conta sua objeção ao projeto de transformar a Palestina em um Estado judeu. Os colonos conseguiram construir um Estado dentro de um Estado — com toda a infraestrutura necessária —, mas fracassaram em dois aspectos: conseguiram comprar apenas 7 por cento das terras, o que não era suficiente para um futuro Estado; e ainda eram minoria — um terço de um país onde pretendiam ser a única nação.

Como em todos os movimentos colonialistas anteriores, a resposta a esses problemas foi a dupla lógica da aniquilação e da desumanização. A única forma de expandir seu controle para mais de 7 por cento das terras e garantir uma maioria demográfica exclusiva seria remover os nativos de sua terra natal. O sionismo é, portanto, um projeto colonialista de povoamento ainda inconcluso. A demografia palestina não é de todo judaica, e embora o Estado de Israel tenha controle político sobre todo o território por diversos meios, ainda esta colonizando — construindo novas colônias na Galileia, no Neguev e na Cisjordânia com o intuito de aumentar o número de judeus lá —, desalojando palestinos e negando o direito dos nativos à sua pátria.


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  1. Benjamin Beit-Hallahmi, Original Sins: Reflections on the History of Zionism and Israel, Londres: Palgrave Macmillan, 1992, p. 74. ↩︎

  2. Patrick Wolfe, “Settler Colonialism and the Logic of Elimination of the Native”, Journal of Genocide Research, 8:4, 2006, pp. 387-409. ↩︎

  3. Ibid. ↩︎

  4. Ver Ilan Pappe, “Shtetl Colonialism”, op. cit. ↩︎

  5. Para uma discussão dessas obras e a introdução inicial do paradigma colonialista nas pesquisas sobre o sionismo, ver Ram, “The Colonisation Perspective in Israeli Sociology” , in: Pappe (ed.), The Israel/Palestine Question. ↩︎

  6. Natan Hofshi, “A Pact with the Land”, in: The Book of the Second Aliya, p. 239. ↩︎

  7. Analisei essas relações em detalhes em A History of Modern Palestine, pp. 108-16. ↩︎

  8. Rashid Khalidi, Palestinian Identity, op. cit. p. 239. ↩︎

  9. Ver Ilan Pappe, A History of Modern Palestine, op. cit. pp. 109-16. ↩︎

  10. Ver id. A limpeza étnica da Palestina, São Paulo: Sundermann, 2017. ↩︎

  11. Ver Ilan Pappe, The Rise and Fall of a Palestinian Dynasty, op. cit. pp. 283-8. ↩︎

  12. Para uma analise aprofundada, ver Ilan Pappe, The Idea of Israel: A History of Power and Knowledge, Londres e Nova York: Verso, 2010, pp. 153-78. ↩︎