Dez mitos sobre Israel, Ilan Pappe - Linha do tempo
Linha do Tempo
1881 Ondas de pogroms russos duram até 1884. O movimento sionista surge na Europa.
1882 Primeira Aliyah (1882-1904). Fundação de Rishon LeZion, Zichron Yaakov e Rosh Pina na
Palestina.
1897 Primeiro Congresso Sionista em Basel. Estabelecimento do Congresso Sionista Mundial.
1898 Segundo Congresso Sionista.
1899 Terceiro Congresso Sionista.
1901 Fundação do Fundo Nacional Judeu (FNI).
1904 Segunda Aliyah (1904-14).
1908 Estabelecido o Gabinete da Palestina (em 1929 ele se tornou a Agência Judaica).
1909 Degania, o primeiro kibutz (Kvutzat Degania), é fundado. Construção de Tel Aviv. O Hashomer é fundado.
1915 Correspondência Hussein-McMahon.
1916 Acordo Sykes-Picot.
1917 Declaração Balfour. A Grã-Bretanha ocupa a Palestina e passa a governa-la por meio de uma gestão militar (até 1920).
1920 Fundação do Haganah. O Histadrut é fundado. A Conferência de San Remo garante a Grã-Bretanha o Mandato sobre a Palestina.
1922 Grã-Bretanha reconhece a Transjordânia como entidade política autônoma e Amir Abdullah como seu governante. O Congresso dos EUA endossa a Declaração Balfour.
1923 O Mandato Britânico sobre a Palestina e a Transjordânia é autorizado pela primeira Liga das Nações e, mais tarde, pelo Tratado de Lausanne.
1931 O Irgun se separa do Haganah.
1936 Irrupção da Revolta Árabe, que duraria até 1939.
1937 Comissão Real Peel.
1940 “Lehi” (bando de Stern) se dissocia do Irgun. Início do Projeto Arquivos dos Vilarejos.
1946 Comissão Anglo-Estadunidense de Inquérito.
1947 Grã-Bretanha anuncia o fim do Mandato e transfere a questão da Palestina para a ONU. A ONU constitui um comitê especial, UNSCOP, que sugere a partição. A ideia é aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (Resolucio 181).
1948 Limpeza étnica da Palestina: 0 Mandato Britânico chega ao fim, o Estado de Israel é declarado e reconhecido por Estados Unidos e URSS. Israel entra em guerra com tropas que adentram a Palestina vindas de países arabes vizinhos enquanto conclui a expulsão de metade da população palestina, demolindo todos os seus vilarejos e esvaziando e destruindo onze de suas doze cidades.
1949 Resolução 194 da Assembléia Geral da ONU (reivindicando o retorno dos refugiados palestinos). Acordos de armistício entre Israel, Egito, Jordânia e Líbano. Impõe-se aos cidadãos palestinos restantes dentro de Israel um regime militar que vigorara até 1966.
1950 Começa a imigração de judeus de países arabes.
1956 Israel se une a França e Grã-Bretanha em uma guerra contra Nasser do Egito, ocupando a Península do Sinai e a Faixa de Gaza. Massacre de Kafr Qasim.
1959 Levantes de Wadi Salib (levantes Mizrahi em Haifa protestando contra a discriminação).
1963 Fim da era Ben-Gurion.
1967 Guerra de Junho: Israel ocupa o Sinai e a Faixa de Gaza, as Colinas de Golã, Jerusalém Oriental e a Cisjordânia. Resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU convoca Israel a se retirar de todos os territórios ocupados. Tem início o projeto de assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Gaza.
1973 Guerra de Outubro: Israel ocupa parte do Egito propriamente dito e mantém o controle das Colinas de Golã após um conflito sangrento que pegou o Estado de surpresa.
1974 Resolução 338 do Conselho de Segurança da ONU reafirma os direitos dos palestinos à autodeterminação e à independência nacional.
1976 Protestos do Dia da Terra dos palestinos de Israel contra a judeificação da Galileia.
1977 Sob liderança de Menachem Begin, o Likud vence as eleições nacionais após 30 anos de governo dos trabalhistas. Anwar Sadat, presidente do Egito, visita Jerusalém e inicia conversas bilaterais com Israel.
1978 Tratado de Paz assinado entre Israel e Egito. Ataque da OLP em Tel Aviv revidado com a operação “Litani” — Israel ocupa a porção sul do Líbano.
1981 Anexação das Colinas de Golã por Israel.
1982 Sinai devolvido ao Egito. Operação “Paz para a Galileia”, em que Israel invade o Líbano em uma tentativa de destruir a OLP.
1987 Primeira Intifada Palestina.
1989 Fim da URSS e migração em massa de judeus e não judeus do bloco oriental para Israel.
1991 Primeira Guerra do Golfo. Os EUA convocam conferências internacionais sobre a Palestina em Madri.
1992 Os trabalhistas retornam ao poder e Yitzhak Rabin se torna primeiro-ministro pela segunda vez.
1993 OLP e Israel assinam a Declaração de Princípios de Oslo na Casa Branca.
1994 Autoridade Nacional Palestina é formada e Yasser Arafat, chefe da OLP, vai aos territórios ocupados para se tornar presidente da ANP. Israel e Jordânia assinam um tratado de paz.
1995 Oslo II assinado (acordo temporário para que os palestinos controlem partes da Cisjordânia e da Faixa de Gaza). Yitzhak Rabin é assassinado.
1996 Likud retorna ao poder e o primeiro governo Benjamin Netanyahu é formado.
1999 0 trabalhista Ehud Barak é eleito primeiro-ministro.
2000 Israel se retira do sul do Líbano. Irrompe a Segunda Intifada.
2001 Ariel Sharon, líder do Likud, eleito primeiro-ministro. Mais tarde ele formaria seu próprio partido (Kadima) e venceria as eleições de 2005.
2002 Aprovado projeto do Muro de Separação; a construção comega em 2003.
2005 Sharon reeleito. O movimento “Boicote, Desinvestimento e Sanções” (BDS) é lançado. Israel evacua seus assentamentos e bases militares em Gaza.
2006 O Hamas vence as eleições para o segundo Conselho Legislativo Palestino (CIP). Israel, o Quarteto do Oriente Médio (Estados Unidos, Russia, Nações Unidas e União Europeia), diversos estados ocidentais e Estados árabes impdem sanções à Autoridade Palestina, suspendendo toda ajuda externa. Começa o cerco em Gaza. Segunda Guerra do Líbano e ataque israelense na Faixa de Gaza. Ehud Olmert eleito primeiro-ministro (em fevereiro de 2016, Olmert começou a cumprir uma sentença de dezenove meses de prisão por suborno e obstrução da justiça).
2008 Guerra a Gaza — operação “Chumbo Fundido”. A ONU e organizações de direitos humanos contabilizaram mais de 1.400 palestinos mortos, dos quais 926 eram civis desarmados. Três civis e seis soldados israelenses foram mortos.
2009 Segundo governo Netanyahu (até 2013).
2011 Protestos sociais em todo Israel (Movimento das Barracas).
2012 Operação “Pilar de Defesa”. Quatro civis e dois soldados israelenses foram mortos por ataques de mísseis palestinos. Segundo a ONU, foram mortos ao todo 174 palestinos, 107 deles civis.
2013 Terceiro governo Netanyahu (até 2015).
2014 Operação “Margem Protetora”. Segundo as principais estimativas, entre 2.125 e 2.310 gazenses foram mortos (1.492 civis, incluindo 551 criangas e 299 mulheres), e entre 10.626 e 10.895 foram feridos (incluindo 3.374 crianças, das quais mais de mil ficaram com sequelas permanentes). Sessenta e seis soldados e cinco civis (incluindo uma criança) israelenses, além de um civil tailandês foram mortos, e 469 soldados das FDI e 251 civis israelenses foram feridos. Israel destruiu cerca de 17 mil casas e danificou ou destruiu parcialmente outras 30 mil.
2015 Quarto governo Netanyahu.
Agradeço ao meu amigo Marcelo Svirsky por compilar essa linha do tempo. [Ilan Pappe].
Dez mitos sobre Israel, Ilan Pappé MOC
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