A última invenção

author:: chicoary
source:: A última invenção
clipped:: 2023-01-21
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Abram o site do Youtube e coloquem ‘music’ na busca. Depois escolham ‘Mix – Music’ (REPRODUZIR TODOS). No meu caso foram selecionadas várias músicas de que gosto.

Digam o que acontece no caso de vocês. Eles espionam mucho… Botaram Suo Gan, The more I see you, Pato Fu e o escambau. Achei bom mas ao mesmo tempo assustador. Imagine um ativista político que, pelo que escreve e publica, pode ser altamente exposto da forma que eles quiserem.

1121As bolhas na rede social já nos confinam na mesmice. As buscas já não retornam os mesmos hits para todo mundo. As propagandas com texto adequado ao seu perfil ou mesmo completamente personalizadas em função dos dados armazenados sobre a suas atividades na Internet são o supra sumo da vigilância não autorizada claramente (De forma muito esparsa e dissimulada volta e meia nos pedem alguma permissão. E sempre acontece quando estamos atribulados. Coincidência?). São montanhas de dados analisadas automaticamente pois é inviável envolver humanos diretamente na coleta e avaliação. No entanto humanos podem ser envolvidos quando há um alvo, uma pessoa ou grupo de pessoas, e um assunto. Bem-vindo ao Grande Irmão.

cyberdynet800-580x358Muito se produziu na literatura e no cinema sobre distopias futuristas onde as máquinas ganham uma autonomia total. Lembro-me de certa feita estar num laboratório de automação da USP quando mostraram um braço mecânico. Quando ligado na tomada a primeira, e última, ação do braço, que tinha uma espécie de garra na extremidade, era arrancar o plug que o ligava à tomada. Uma espécie de suicídio energético. Eu, leitor de contos sobre robots de Asimov, entre outros, imediatamente extrapolei a situação. Imaginei-me tentando arrancar o plug da tomada. E, como num pesadelo, uma garra de metal no meu pescoço “me desligaria da tomada”.

Um conto de Asimov fala de um computador incitando “revoluções” para corrigir instabilidades: “O Conflito Evitável”. Um paraíso asimoviano otimista quanto às máquinas. Do qual não compartilha James Barrat em seu Our final invention:

Mas agora tente pensar da perspectiva da ASI (Super Inteligência Artificial) sobre seus criadores tentando mudar seu código. Uma máquina superinteligente permitiria que outras criaturas coloquem suas mãos em seu cérebro e mexam com sua programação? Provavelmente não, a menos que pudesse estar absolutamente certo de que os programadores pudessem torná-lo melhor, mais rápido, mais inteligente – mais próximo de alcançar seus objetivos. Então, se a amizade com os seres humanos não faz parte do programa da ASI, a única maneira de ser é se a ASI o coloca lá. E isso não é provável.

James Barrat

the-internetA Internet já é esta máquina que já está aí, em estágio embrionário. As tentativas de manipulação das massas já usam IA. Quando vier a autonomia da rede a memória e algoritmos de manipulação já estariam lá há muito. A perfeita máquina totalitária. Primeiro nas mãos de uns poucos dominadores. Depois, autônoma…


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